segunda-feira, 25 de junho de 2012

Saiba o que fazer com uma pedreira desativada

Sempre digo que reaproveitar o que já existe é uma questão de economia e planejamento, principalmente quando se trata de cultura e turismo. Alias são dois setores que mais sofrem racionamento de verbas por falta de projetos e ideias que venham de encontro às necessidades do turismo municipal.

Vou expor algumas ideias sobre uma pedreira particular que está desativada no município de Mogi Mirim há anos. O local encontra-se isolado e abandonado, além de proporcionar riscos de acidentes para curiosos que ali visitam sem qualquer tipo de orientação.

A chave do sucesso está no planejamento turístico do local reaproveitando os elementos naturais e implantando novos atrativos com custos bem reduzidos e de simples construções.
Veja algumas sugestões:
- A construção de uma ponte pênsil para a passagem de uma extremidade a outra sobre uma parte da pedreira, dessa forma apreciando as belas paisagens naturais;
- A instalação de uma tirolesa com cadeirinha para atravessar a piscina natural que está com sua água imprópria;
- A criação de uma área de laser composta por quiosques, banheiros, estacionamentos, trilhas, churrasqueiras, brinquedos rústicos e etc. Tudo isso com segurança e inspeção exigida pela legislação de normas técnicas.
Tudo é uma questão de planejamento com profissionais comprometidos com o meio ambiente e a população local. Contudo o incentivo das esferas públicas, privadas e cidadãos é fundamental para o sucesso do empreendimento. Para entender melhor a ideia, veja a ilustração e tire suas conclusões.

sábado, 23 de junho de 2012

Aeroporto, Turismo e Mogi Mirim


A aviação encurtou as distancias e agilizou os negócios e as viagens de turismo. Há pouco tempo para irmos de São Paulo ao Rio de Janeiro tínhamos que enfrentar uma verdadeira maratona nos terminais rodoviários além das exaustivas sete ou oito horas de viagem no famoso Flecha Azul da viação Cometa. Hoje em dia gastamos míseros 25 minutos numa ponte aérea São Paulo-Rio além das várias opções de valores, comodidades e etc. Para o turismo está mais evidente que viajar de avião é um excelente negócio pois o aproveitamento do tempo é maior no destino turístico.

Nunca houve uma dinâmica tão absoluta e crescente como a que vemos hoje no cenário da aviação em relação a viagens e turismo. Podemos até afirmar que existe um excesso no fluxo na capacidade carga permitida pela infraestrutura existente. Com isso os aeroportos brasileiros tornaram-se sucateados, com aeronaves antigas e uma malha aérea inchada devido a falta de tecnologia. Não quero aqui criticar veementemente esse meio de transporte considerado um dos mais seguros do mundo, mas convenhamos que há muito o que se fazer às vésperas dos mega-eventos como a Copa de 2014 e a Olimpíadas de 2016.  Acredito que uma solução rápida e emergencial de muita importância seria a ampliação, a adaptação e a introdução de novas  tecnologias para os aeroportos que já estão em operação, como é o caso de Viracopos (Campinas/SP). Construir transportes terrestres de fácil acesso também seria uma boa ideia, porque a maioria dos aeroportos estão longe da área central dos municípios. Outra opção seria o estudo técnico para viabilizar a construção de novos aeroportos em regiões estratégicas para atender as necessidades sociais, comerciais, industriais, econômicas e turísticas. Mogi Mirim está estrategicamente num eixo regional econômico muito favorável para sediar um aeroporto de grande porte. Um aeroporto pode quebrar fronteiras sócio-econômicas, gerar renda para a comunidade e para os cofres públicos, mas não podemos esquecer da degradação do meio ambiente, pois os impactos são irreversíveis à natureza e ao ser humano. Mas nada que um bom planejamento composto por uma equipe de profissionais comprometidos com a flora e fauna não possa solucionar esta questão. Criar planos de ações que venham de encontro com manejo de animais, o plantio de árvores e o deslocamento de pessoas que ali habitam para compensar o estrago imensurável da construção desse equipamento tão necessário e importante para a nossa região.
Pensar num aeroporto é preciso, mas planejar é extremamente necessário. 

sábado, 16 de junho de 2012

Você sabe o que é COMTUR?


COMTUR significa Conselho Municipal de Turismo e é o fórum de estudo, pesquisa, discussão e deliberação que aconselhará o Chefe do Poder Executivo quanto à execução dos programas e projetos previstos no Plano Plurianual para o Desenvolvimento Sustentável do Turismo do Município, que se chama Plano Municipal de Turismo. O profissional do turismo (Turismólogo ou Técnico de Turismo) tem condições técnicas para auxiliar e conduzir projetos que venham fomentar atividades turísticas de forma sustentável e ordenada.
O Comtur possui algumas atribuição importantes que são:
I – Assessorar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e seu Departamento de Turismo na implantação da Política Municipal de Turismo; 
II – Participar da elaboração participativa do Plano Municipal de Turismo;
III – Monitorar e avaliar os resultados dos programas, projetos e ações do Plano Municipal de Turismo;
IV – Promover e incentivar o desenvolvimento sustentável do Município através da atividade turística, considerando os fatores ambientais, econômicos, sócio-culturais e político-institucionais;
V – Oferecer assessoria e consultoria para o desenvolvimento de políticas de marketing turístico e para a coordenação de programas e projetos do Plano Municipal de Turismo, em conjunto com as organizações promocionais da área e com o setor privado. 
A dinâmica do Comtur é: 
Os conselheiros se reúnem mensalmente e, quando as ações apresentam a necessidade, acontecem as reuniões extraordinárias. Estas reuniões são abertas à população e seguem uma agenda estabelecida no início do ano. Nas reuniões são tratadas questões turísticas do município, eventos, planejamento, diagnósticos, pesquisas, etc...
A sua formação é:
Representantes da Prefeitura e pessoas da comunidade, que trabalham voluntariamente para auxiliar no progresso da cidade. De forma organizada, o conselho é integrado por:
I – 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, sendo um deles, obrigatoriamente, o responsável pelo Setor de Turismo;
II – Um representante do setor hoteleiro ou de gastronomia;
III – Um representante do setor de educação ou cultura;
IV – Um representante do setor de artesanato ou associações de classe;
V – Um representante do setor de comércio e indústria;
Através do Conselho o Poder Público Municipal abre a possibilidade da participação da comunidade na gestão publica do turismo e cultura, como forma de assegurar que o interesse turístico do município seja completamente integrado pela Administração Municipal em suas deliberações.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Verbas de Turismo Limitadas


O Ministério do Turismo está cada vez mais cauteloso em relação ao repasse de verbas para eventos populares relacionados ao Turismo. A regra vale para todos e de acordo com a quantidade de munícipes, por exemplo um município como o de Mogi Mirim que possui de 50.001 a 100.000 habitantes a verba será de R$ 600.000,00 não podendo exceder o valor de R$ 200.000,00 por convênio. Também ficou estabelecido que as propostas dos eventos deverão sem encaminhadas para análise com 50 dias de antecedência.  É neste momento que o Turismólogo entra com o seu profissionalismo para detectar qual é o melhor projeto que se enquadra às necessidades do município.

Essas mediadas estabelecidas pelo MTur são importantes para dificultar o desvio de recursos públicos nos eventos festivos e esta portaria será mais uma ferramenta normativa para dar suporte à atuação do governo federal nos futuros convênios com estados e municípios.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Turismo em Mogi Mirim tem solução sim

Recentemente publiquei um artigo no facebook que tratava da problemática falta de hotéis em São Paulo para atender a grande demanda dos próximos mega-eventos (copa 2014 e Olimpíadas 2016). Recebi diversos comentários e muitos deles questionando assuntos locais, ou seja, por que não abordarmos possíveis soluções para o turismo de Mogi Mirim e região? Pois bem, analisando essas propostas pude filtrar e elaborar aspectos que possam auxiliar no desenvolvimentos turístico local.Em primeiro lugar devemos ter a consciência de que qualquer município, inclusive Mogi Mirim, possui elementos suficientes para  desenvolver a vocação turística. Todo município possui um DNA, seja cultural, histórico, folclórico e etc. É a partir desses elementos que conseguimos formatar uma identidade turística que o município poderá adotar e transformar num atrativo turístico.  Esse atrativo poderá se transformar num produto que servirá de base para traçar linhas de desenvolvimentos na geração de renda à comunidade e na captação de recursos tributários para a prefeitura. Claro que deverá haver um grande movimento para a capacitação de mão-de-obra local, a conscientização dos munícipes, o desenvolvimento por parte do governo municipal, além de pesquisas para o levantamento de dados fundamentais para o desenvolvimento do turismo. Contudo é uma ação que envolve agentes públicos e privados, a comunidade num todo e muita responsabilidade.Não é muito comum encontrar projetos que visam ter começo, meio, fim e que continuam se adaptando às necessidades com o decorrer dos anos. O que percebo é que na criação de um projeto, coloca-o a disposição do cidadão e ponto final. Cai no esquecimento. Não há um processo de continuidade que venha suprir as alterações físicas, sócio-econômicas, dentre outras necessidades. Vou citar um exemplo muito comum nos municípios: Sempre que possível a prefeitura projeta praças com campinhos de areia, quadras com redes, alambrados, quiosques, bebedouros, plantio de árvores e etc.  Pois bem, não demora muito o local torna-se abandonado, sujo, grama alta, alambrados arrebentados, totalmente inapropriado para a sua utilização. Isto é muito comum, e sabe por que? Porque os projetos são deficientes em suas elaborações .Nossa região é rica em elementos que viabilizam o turismo, podemos notar que já existem alguns que só precisam passar por uma nova reestruturação: A usina hidroelétrica da cachoeira poderia ser um excelente laboratório escolar onde as escolas demonstrariam, na prática, aulas sobre física, geografia e etc., além de disponibilizar para a visitação turística. Outro local é o complexo do Lavapés que poderia ter plataformas (deks) com pedalinhos, banheiros públicos, quiosques para alimentação (pic-nics), tirolesas, dentre outros elementos. Não podemos esquecer do zoológico municipal e das propriedades rurais no entorno do município que seriam perfeitas para a prática do Turismo no Meio Rural. Enfim, há soluções sim para o turismo local, basta pesquisar, planejar, projetar, captar recursos e conscientizar a população, além de iniciativas públicas e privadas.  Sucesso e paz a todos!