terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Mogi Mirim, um desafio turístico


A partir de 2013 o novo gestor de cultura e turismo da prefeitura de Mogi Mirim terá grandes desafios pela frente. Nunca houve tanta urgência de reformular um departamento como há atualmente, pois por muito tempo o nosso turismo esteve à beira de um fiasco. Não precisa ser nenhum Phd em turismo para perceber a emblemática situação de um setor abandonado e disponibilizado de forma incorreta ao cidadão mogimirano.
Há necessidade de formatar um novo sistema de turismo e cultura para Mogi Mirim, pois os tempos mudaram e as necessidades também. Tudo está mais dinâmico e com isso o público também torna-se mais exigente. Nos últimos anos houve uma evasão considerável de mogimirianos para assistirem eventos em outros centros turísticos, como por exemplos: peças teatrais, shows e espetáculos na capital paulista. Mas o que temos de diferente? Ou melhor, o que não temos? Não temos uma política de turismo específica que faça com que as pessoas permaneçam na cidade ou atraia novos visitantes para desfrutar os atrativos aqui existentes.
A lição de casa é grande e exigirá dedicação, além de comprometimento com diversas áreas como, por exemplo, o departamento de meio Ambiente. Vale afirmar que o turismo é interdisciplinar, e por isso há necessidade dessa interação.
Atualmente o departamento de Cultura e Turismo de Mogi Mirim vem ofertando alguns trabalhos louváveis ao público, apesar dos poucos recursos, mas ainda é muito pouco porque a demanda é grande.  Não basta organizar feiras, festividades populares e eventos congêneres. O turismo de Mogi Mirim pode ser muito mais do que isso. Tem que haver de imediato uma discussão de novas diretrizes para o desenvolvimento turístico local, entre elas estão: a execução das políticas e diretrizes na área ligada ao desenvolvimento do turismo no município; o desvinculo dos setores de turismo e o da cultura para fins de planejamentos específicos; a coordenação e a promoção de projetos e programas de desenvolvimento, de acordo com o novo Plano Diretor; a revitalização e recuperação dos atrativos já existentes e a oferta de meios para a divulgação da cidade; e a articulação com os órgãos que mantenham parceria com a administração municipal na área do turismo, objetivando agilizar as ações a serem implementadas.
O novo gestor deverá ter pulso firme e muita determinação para submeter-se as novas estratégias turísticas e políticas, pois para adquirir parte dos incentivos oferecidos pelos governos Estadual e Nacional há necessidade de possuir bons argumentos e excelentes projetos. Vale lembrar que a União está investindo pesado no setor turístico para que o Brasil possa ser referência mundial na hospitalidade de gringos nos eventos internacionais: a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016.  
O caminho a ser percorrido é extenso, mas com resultados extremamente positivos, ainda mais quando se tem a comunidade como base de opinião pública. O turismo deixou de ser algo de apenas “ir e vir”, atualmente ele é muito superior do que essas teorias. Ele é qualidade de vida.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Turismo, palavras e promessas


O turismo é uma atividade econômica que cresce em todo momento e em todo lugar.  Nunca se ouviu falar tanto de turismo como nos dias atuais devido aos grandes eventos que acontecerão nos próximos anos como por exemplo a Copa e as Olimpíadas. A indústria brasileira de turismo esforçar-se para oferecer um trade com mais qualidade associada com uma boa geração de emprego e renda aos seus envolvidos. Trabalhar nessa área não é tão fácil quanto parece ser, os  agentes multiplicadores do turismo encontram barreiras para colocar em prática seus projetos e suas ideias que possam contribuir para o bom desenvolvimento do turismo local de uma  forma corretamente sustentável.  
Tenho visto excelentes profissionais buscando oportunidades para aplicarem suas estratégias em ações que vão trazer soluções turísticas em alguns municípios na região da baixa-mogiana, mas as oportunidades estão muito longe de acontecer.  O governo está fadado em burocracias e em prioridades que jamais conseguem atingirão o estágio de excelência como, por exemplo: a saúde e a educação. Toda cidade possui suas prioridades, seus problemas, mas também tem a sua identidade histórica, cultural e turística que deve ser respeitada, desenvolvida e colocada a disposição do cidadão. Todos os fatores que contribuem para o crescimento do município devem ser analisados pelos setores responsáveis e disponibilizados, sem muita burocracia, aos agentes que desejam contribuir  com suas habilidades e ações profissionais. De uma certa forma o estado viabiliza e fiscaliza, enquanto os agentes planejam e executam as ações de desenvolvimento  social, cultural, esporte e turismo.  Mas o cenário atual é extremamente diferente, a cada dia que passa eu encontro colegas de profissão atuando em áreas diferentes por causa da falta de oportunidade no turismo.  Claro que não estamos numa região muito favorável ao trade turístico, mas os nossos governantes devem ter a compreensão de que há necessidade de garimpar os reais motivos que nos despertam a uma atividade turística local. Estamos numa região que teve forte presença em alguns fatos históricos, como por exemplo: o caminho dos bandeirantes, a linha férrea no período cafeeiro, a Revolução de 32, a colonização local e dentre outros. E esses elementos são suficientes para que o turismólogo desenvolva projetos e ações de turismo para a sociedade local.  Mas isto está um pouco longe de se tornar algo comum entre os municípios, porque existem outras prioridades, e infelizmente o turismo não é prioridade, ele é tachado de bem supérfluo e por isso não é importante para a comunidade, isso segundo alguns pseudoentendedores. Claro que as mudanças virão e as mentes abertas entenderão o papel fundamental do turismo para o desenvolvimento local e regional. Diante desta realidade é prudente afirmar que não basta ter excelentes ideias e ótimas intensões, mas tem que ter a oportunidade de viabilizar tudo isso, senão ficaremos apenas nas palavras e nas promessas.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O turismo e a cultura como fatores de desenvolvimento


Viajar para conhecer pessoas, tradições, histórias e aprender sobre o passado de maneira viva e autêntica tem sido uma das mais fortes tendências na atividade turística. Segundo alguns turismólogos o turista que viaja com este objetivo vai em busca do turismo cultural, aquele em que o principal atrativo é algum aspecto da cultura humana, seja ele a história, o cotidiano, o artesanato ou qualquer outro aspecto que o conceito de cultura abranja.
O turismo cultural também tem representado uma das mais amplas estratégias de desenvolvimento sustentável, já que há uma preocupação em aliar planejamento econômico e de infra-estrutura à percepção da procura por bens culturais e estilos e qualidade de vida, buscando preservar os recursos naturais e culturais para as gerações futuras e desenvolver a economia. Neste sentido, a aliança entre cultura, turismo e desenvolvimento econômico pode ser benéfica, pois o turismo é um fenômeno em constante desenvolvimento e tem adquirido crescente importância devido à sua capacidade de promover impactos (negativos e positivos) tanto sobre a economia, quanto sobre as relações sociais, a cultura e o meio ambiente das localidades receptoras de turistas.
Um dos impactos do turismo que mais vem sendo evidenciado é a capacidade de contribuir para o desenvolvimento regional. Segundo Mario Beni (Análise Estrutural do Turismo-2000), o turismo é um elemento importante da vida social e econômica da comunidade regional, pois reflete as verdadeiras aspirações das pessoas no sentido de desfrutar de novos lugares, assimilar culturas diferentes, descansar e beneficiar-se com atividades de lazer. Além disso, o turismo também possui importante valor econômico em muitas áreas e cidades, ajudando o desenvolvimento econômico e o ambiente das regiões periféricas. O turismo cultural tem sido encarado como elemento importante para o desenvolvimento de uma região e tem contribuído para promover o envolvimento das comunidades locais com sua história, seus atrativos culturais e sua memória social.