Nos últimos anos o turismo cultural vem ganhando grande espaço entre as políticas públicas. No entanto, observa-se que, muitas vezes, são as políticas que partem de cima, sem uma preparação e estruturação na esfera local, isto é, ao lado da comunidade e de seus habitantes. Tornam-se, assim, os investimentos devidamente invertidos para o desenvolvimento local. Além disso, corre-se o risco de realçar as identidades tidas em comum e de maior apelo comercial em detrimento de características próprias e exclusivas daquela comunidade. As políticas públicas precisam, pois, estar mais próximas da realidade regional/local, evitando o distanciamento que comumente se percebe entre o ideal e o nível da ação. Alguns preceitos são extremamente importantes para evidenciar e dar funcionalidade prática às políticas, como a participação e a formulação de conceitos nas bases locais. Ou seja, a ação não pode apenas se dar nas esferas governamentais e nos grandes investidores comerciais e permitir apenas participação parcial a quem de fato é detentor e possui sentimento de pertença na comunidade e em seu patrimônio como um todo. Compreende-se que o turismo é uma das opções significativas de desenvolvimento econômico local. Questiona-se de que maneira o turismo e a cultura juntos podem estabelecer uma relação sustentável. Em que medida as comunidades não colocam em risco suas raízes e identidade cultural que exigem autenticidade e limites de ordenação. Preservar é manter as manifestações artísticas, folclóricas, culturais, gastronômicas, entre outras e encaminha-se a chave de ouro para uma sustentabilidade. O foco, então, impõe-se na promoção do turismo de forma integrada, propiciando o desenvolvimento sustentável local por meio do crescimento econômico e do desenvolvimento social, em respeito às peculiaridades culturais e simbólicas próprias da comunidade. - Observatório de Inovação do Turismo
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