quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Turismo e Cultura



Nos últimos anos o turismo cultural vem ganhando grande espaço entre as políticas públicas. No entanto, observa-se que, muitas vezes, são as políticas que partem de cima, sem uma preparação e estruturação na esfera local, isto é, ao lado da comunidade e de seus habitantes. Tornam-se, assim, os investimentos devidamente invertidos para o desenvolvimento local. Além disso, corre-se o risco de realçar as identidades tidas em comum e de maior apelo comercial em detrimento de características próprias e exclusivas daquela comunidade.  As políticas públicas precisam, pois, estar mais próximas da realidade regional/local, evitando o distanciamento que comumente se percebe entre o ideal e o nível da ação. Alguns preceitos são extremamente importantes para evidenciar e dar funcionalidade prática às políticas, como a participação e a formulação de conceitos nas bases locais. Ou seja, a ação não pode apenas se dar nas esferas governamentais e nos grandes investidores comerciais e permitir apenas participação parcial a quem de fato é detentor e possui sentimento de pertença na comunidade e em seu patrimônio como um todo.  Compreende-se que o turismo é uma das opções significativas de desenvolvimento econômico local. Questiona-se de que maneira o turismo e a cultura juntos podem estabelecer uma relação sustentável. Em que medida as comunidades não colocam em risco suas raízes e identidade cultural que exigem autenticidade e limites de ordenação. Preservar é manter as manifestações artísticas, folclóricas, culturais, gastronômicas, entre outras e encaminha-se a chave de ouro para uma sustentabilidade. O foco, então, impõe-se na promoção do turismo de forma integrada, propiciando o desenvolvimento sustentável local por meio do crescimento econômico e do desenvolvimento social, em respeito às peculiaridades culturais e simbólicas próprias da comunidade. - Observatório de Inovação do Turismo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

E se fosse durante a Copa de 2014?


Vejam as seguintes notícias: “Governo brasileiro decreta estado de atenção e pede ajuda a países vizinhos” ou “Aeroportos do Brasil são os piores do mundo, declara a FIFA” ou ainda “Brasil não cumpriu com a promessa de superar as expectativas nos aeroportos” – Pois é, estas são algumas das muitas e muitas notícias que iremos presenciar nos meios de comunicações se o Brasil não acordar para a realidade com relação a infraestrutura aeroportuária.  Há muito tempo estamos ouvindo sobre os investimentos bilionários do governo federal para suprir a defasagem de uma infraestrutura sucateada e ultrapassada.  Não é de se admirar que a preocupação com os futuros visitantes da copa 2014 tenha começado tarde. Esse tipo de evento exige estratégia, planejamento e tempo para que possa ocorrer o mínimo de erros possíveis.
Recentemente um avião de carga da Centurion Cargo, que vinha de Miami, ficou parado no meio da pista por ter furado um pneu na hora do pouso no aeroporto de Viracopos – Campinas. O impacto do pouso forçado da aeronave provocou rachaduras na pista. É sabido que o aeroporto de Viracopos tornou-se referencia nacional por estar numa região estratégica e também por possuir algumas qualidades diferenciadas. Não é possível que durante um evento internacional venhamos presenciar coisas desse tipo. Seremos a vitrine para o mundo e estaremos à mostra, onde qualquer fagulha pode estraçalhar a nossa imagem tupiniquim. O turista brasileiro já está acostumado com as barbáries das companhias aéreas e os abusos tarifários. Já os gringos virão com seus muitos dólares pensando em encontrar conforto, eficiência no atendimento, transporte aéreo de qualidade, enfim, pura ilusão. Poderíamos ser melhores, mas começamos tarde e de uma forma errônea. A nossa esperança está no “errar menos” perante os gringos, mas escapar da baixa qualidade de serviços ofertados aos turistas será quase impossível.

sábado, 13 de outubro de 2012

Nossa Riqueza Turística


Quem já presenciou alguém dizer “Mogi Mirim não tem nada de turismo?“. Lamento informar, mas quem disse isso precisa abrir bem os olhos porque senão irá tropeçar no seu próprio desconhecimento. Recentemente pude prestigiar tecnicamente um raro atrativo turístico e cultural construído na década dos anos 80 num sítio na nossa querida vizinha Mogi Guaçu. Você já ouviu falar do “Navio-escola”? Pois é, ele existe, possui um museu abordo com centenas de peças histórias e faz parte da nossa riqueza local que até então desconhecíamos. Talvez pela falta de uma estratégia de marketing ou até mesmo incentivos públicos e privados, esta relíquia ficou anônima por décadas, sem ter um verdadeiro fundamento cultural e turístico. Este sítio passou a ser denominado Sítio Escola Franco de Godoy, a partir de um convênio da UNISA (Universidade de Santo Amaro) com o proprietário Sr. José Edson Franco de Godoy. Ele é administrador do Navio-escola e também um apaixonado por arqueologia. O Navio-escola Franco de Godoy é cadastrado no IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura, isto significa um grande avanço para empresas privadas que desejam investir na cultura e no turismo tendo como base as leis de incentivo a cultura. Já está tudo pronto para que seja colocada em prática as visitações técnicas de estudantes e também do público em geral. Enfim, é uma questão de verificar o timão e a proa para que as autoridades públicas enxerguem e valorizem mais este patrimônio turístico localizado no bairro da Roseira em Mogi Guaçu, que pertence a população de Mogi Guaçu e toda região.
Assista o vídeo

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SP-340 e o Turismo

Rodovia SP-340 - Campinas a Mococa
Para se fazer um passeio turístico devemos levar em conta diversos fatores que viabilizem essa atividade, por exemplo a rede hoteleira, os serviços, a gastronomia e etc. Mas existe um em especial que devemos nos atentar, pois é de extrema importância para a acessibilidade dos turistas, são as  vias de acesso terrestre, ou simplesmente rodovias.  Nossa região é privilegiada por possuir uma das melhores rodovias do Brasil, a SP-340 que liga Campinas a Mocóca.  Segundo a revista especializada Guia Quatro Rodas Estradas 2012, esta rodovia permanece no ranking pela terceira vez consecutiva como a quinta melhor rodovia do Brasil. E o melhor de tudo isso é que Mogi Mirim está ligado a ela por uma extensão de pelo menos 15 quilômetros, facilitando assim o acesso de turistas em nossa cidade e na região.  É importante lembrar que quando se tem uma dinâmica no transporte, seja terrestre ou aéreo, as distancias tornam-se curtas e as pessoas envolvem-se mais, viabilizando relações comerciais e turísticas. Mas não basta ter apenas ótimas rodovias acessíveis, tem que haver a sensibilidade de um olhar profissional sobre quais os benefícios que podem ser agregados ao turismo local e também regional. Estamos com tudo pronto, apesar de algumas coisas ainda estarem sucateadas, mas vale a pena mencionar que estamos no centro das atenções por possuirmos diversos elementos favoráveis, como por exemplo: a melhor rodovia do Brasil, a possibilidade de um aeroporto de médio porte, atrativos turísticos já identificados, além de sermos a porta de entrada para o circuito das águas (Águas de Lindóia, Socorro, Serra Negra e etc.). 
Há necessidade de uma sinalização turística mais específica para divulgar os atrativos turísticos na região em que esta rodovia atravessa, pois assim iremos fomentar o turismo de uma forma sustentável e correta. Afinal a atividade turística não deve ser contemplada apenas pelos seus atrativos, mas também pelas condições de viabilizar tais contemplações.