quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vandalismo em patrimônio público


Nias - Núcleo de Integrado de Atividades Sociais
Quero iniciar este artigo falando sobre alguns fatos que venho presenciando no NIAS (Núcleo Integrado de Atividades Sociais) de Mogi Mirim. Faço minhas caminhadas diariamente pelo núcleo e noto o descaso das autoridades em relação a manutenção física do local e a  falta de projetos/programas sociais ligados ao esporte e ao turismo que venham de encontro aos adolescentes que estão ociosos no período de férias escolares. Claro que existem algumas práticas esportivas, mas são esporádicas. Atualmente o esporte encontra-se solidamente inserido na sociedade, sendo o mesmo considerado um fenômeno sociocultural e entendido como um direito social. De acordo com o art. 217 da Constituição Federal, “é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um” (BRASIL, 1988). Apesar de um dever do Estado, podemos observar que a promoção de práticas desportivas não se dá apenas pelos órgãos públicos. Nós como cidadãos devemos manifestar nossos interesses para o incentivo de jovens, a fiscalização e preservação local. Foram diversas vezes que, passando pelo Nias, tive que parar meu carro e chamar a atenção de adolescentes que estavam depredando e praticando vandalismo neste patrimônio público. Adolescentes que poderiam estar inseridos em projetos/programas com funções de entreter e afastá-los de males como evasão escolar e drogas. Já citei em outros artigos que não basta apenas criar "pracinha ou parquinhos", tem que haver uma ação direta através de projetos e programas contínuos que evitem, ou que pelo menos, possam inibir a ação de jovens que desrespeitam aquilo que pertencem a si mesmos. A conscientização não aplica-se apenas na escola, mas também no núcleo familiar, nos centros comunitários e nas Ongs. Não posso deixar de citar que a má "gestão" humana também tem sua parcela de culpa, porque nem sempre o dinheiro e o material irá suprir um incentivo, uma motivação ou uma palavra de superação direcionada a adolescentes. Somos nós que devemos ensiná-los e jamais desampará-los. Políticas esportivas para crianças e adolescentes tem sido alvo de organismos públicos, privados e de terceiro setor (BRETÃS, 2007; GUEDES et al., 2006; MELO, 2004). Contudo há uma ingerência ou um vício de projetos/programas mirabolantes e superfaturados que são aplicados ou executados de forma incorreta e sem alcançar seus objetivos. Certamente existem ações positivas e que estão de parabéns, porém são insuficientes para atenderem a demanda de um município que está a beira dos 90 mil habitantes. Aos futuros governantes vale a pena fortalecer que o turismo, a cultura e o esporte são elementos essenciais para uma comunidade saudável e menos agressiva.

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