Já faz um tempo eu venho ministrando cursos e palestras que incentivam as pessoas a fazerem parte de um grupo seleto de interessados na atividade turística como agentes diretos e indiretos. Em 2010 tive o privilégio de ministrar um curso com 100% de aproveitamento por parte dos participantes. Numa apresentação simples e de praxe notei que todos foram unânimes em afirmar que Mogi Mirim não possuía nenhuma vocação turística e muito menos condições de se tornar um local receptivo de turista que aqui visitavam ou estavam apenas de passagem. Percebi também que ali era o momento exato de explicar fundamentos lógicos e práticos de que o município tinha sim uma vocação imperceptível aos nossos olhos e que deveríamos aguçar a nossa mente e o nosso olhar clínico para identificar os elementos dessa tal vocação. Naquele instante percebi a sede dos envolvidos em querer mudar e fazer parte da história turística do município e excluir muitas objeções sobre o tema.
Ao final de uma das dinâmicas e do curso houve alguns participantes que se emocionaram em saber que algo estava tão próximo deles e que nada foi feito por falta de informações ou até mesmo de uma gestão não tão eficiente. Eu também me emocionei muito ao ver resultados fantásticos daquelas pessoas em suas expectativas de querer fazer parte de projetos e ações correlatas ao turismo. Contudo foi necessário afirmar que elas estavam numa localidade carente de projetos apropriados para a prática de lazer, do esporte e de muitas outras modalidades do turismo e que poderiam a vir fazer parte da grade municipal de eventos. Atualmente temos algumas opções de lazer, mas são insuficientes para a demanda local com mais de 88 mil habitantes. É para se pensar em tudo, na conscientização dos munícipes de que o turismo é viável, no treinamento de agentes multiplicadores e inclusive na capacitação de mão-de-obra turística. Turismo não brincadeira, porque se fosse a união não incluiria o turismo dentro do plano de incentivo à economia aos mais de R$ 8,4 bilhões (saúde, habitação e turismo) segundo anunciou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Tudo isso é para se pensar e muito.
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