No início do mês de julho fui convidado a prestigiar como cidadão e avaliar como profissional (Turismólogo), um evento realizado pela comunidade do bairro Mogi Mirim 2, zona leste de Mogi Mirim/SP - a tradicional festa Julina/2012. Como cidadão fiquei satisfeito com a presença de muitos moradores do bairro, apesar do friozinho que até zunia nos ouvidos. Todos felizes e trajados como manda o figurino, o famoso pau-de-sebo, a fogueira, o noivo fujão e bêbado, como sempre, a noiva desesperada para não perdê-lo de vista e os convidados ansiosos para o grande momento: a dança da quadrilha! Com o comando do ilustríssimo professor Sampaio, logo começou a festança e todos puderam se deleitar com o ápice do evento. Neste ponto de vista posso tirar o chapéu para os moradores que mergulharam de corpo e alma no evento. Já no quesito como técnico pude observar algumas falha que poderiam ser evitadas com um pouco mais de capricho por parte dos organizados, que se doaram e fizeram o máximo para que o evento se realizasse. Posso citar aqui alguns pontos que vale um olhar com um pouco mais de atenção para que nas próximas festas (e eu estarei lá) não venham a acontecer.
Notei que o cálculo de bebidas disponíveis ao público para a venda foi feito errado. Houve um momento que fui comprar uma lata de refrigerante e já não tinha e as poucas garrafinhas de refrigerantes que existiam estavam sem gelo. Num outro momento o pipoqueiro ficou sem o milho para estourar as pipocas. Elas estavam guardadas num outro lugar fora do seu alcance. O chocolate quente não estava firme e concentrado, enfim, problemas que poderiam ser evitados com um planejamento mais aguçado, porque esta já é a décima quinta festa organizada pela comunidade. No ponto de vista "fator comunidade", houve uma dinâmica com todos os comprometidos à realização do evento: o carro de som, a cantora carioca, as barracas de quentão, os bolos caipiras, os vinhos quentes e etc. Contudo foi válido por haver uma comunhão entre todos ali presente e pelo espírito de trabalho em equipe de todos.
Pode e deve haver melhorias, ainda mais, com o auxílio do poder público (departamentos de cultura e turismo) em fornecer elementos básicos (barracas de tendas, banheiros químicos, cestos de lixos e etc.) para fortalecer eventos tradicionais como este. Mais uma vez tiro o chapéu para a comunidade do Mogi Mirim II. Parabéns. Deixo aqui a minha dica como profissional do turismo, e mais do que isso, como um cidadão.
Ed,excelente análise.Concordo que o poder público deve colaborar com o evento.O bom é que no próximo ano nós poderemos ser os representantes..rsrs
ResponderExcluirÓtima observação!
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